O Ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, disse nesta segunda-feira (16) que a Força Nacional do Rio deverá ter uma ampliação na atuação. A vinda da Força Nacional foi feita como um dos itens do pacote de medidas de segurança, sendo também articuladas com o governo estadual.
Dino participou de uma coletiva de imprensa na Zona Sul do Rio, durante a manhã desta segunda (16). O primeiro grupo da Força Nacional já iniciou o reforço de patrulhamento no Rio, e ao todo já estão na cidade 155 homens de um grupo de 300 agentes como foi prometido.
A Força Nacional começará a trabalhar junto com a Polícia Rodoviária Federal (PRF) nesta nesta terça-feira (17) nas estradas do Rio.
"São [ações] em BRs, de planejamento reservado da Polícia Rodoviária Federal. E isso é diário. Todos os dias terá essa operação ostensiva: PRF e Força Nacional. O foco inicialmente é em rodovias federais", explicou Dino.
No começo deste mês, o ministro assinou a autorização da vinda dos agentes federais para a capital fluminense.
“O que estamos fazendo no Rio de Janeiro nós fizemos no Rio Grande do Norte e na Bahia. É dever do Governo Federal prestar um apoio a estados que estão passando por um momento mais agudo, o que é o caso. Na Bahia nós ficamos por três meses. Não há um horizonte temporal”, afirmou o ministro, negando possível data de fim da operação.
Além disso, Dino afirmou que existe um debate sobre a utilização das forças armadas no Rio e explicou também que “não necessariamente” deverá ocorrer uma definição de uma Garantia da Lei e da Ordem (GLO).
“Temos um diálogo permanente com o Ministério da Defesa. O que nós estamos debatendo é se essa participação das Forças Armadas pode se estender a esse contexto do Rio de Janeiro. Não há decisão sobre isso”.
O reforço foi pedido pelo governador do Rio, Cláudio Castro (PL), no final de setembro, após uma crise de segurança no estado, devido a divulgação de um campo de treinamento de criminosos na Maré.
Flávio Dino também afirmou que serão repassados, a pedido de Castro, R$ 95 milhões para que sejam construídos presídios de segurança máxima no Rio. No total, R$ 247 milhões já foram destinados para o estado.
O ministro afirmou também que a PRF e a polícia da Bahia receberão câmeras de monitoramento em suas fardas como um teste.
“A questão é o pós, para onde essas imagens vão ser analisadas. Estamos nesse momento de 9 meses de governo, com esse processo de aquisição em curso dessas câmeras”, explicou.
Dino afirmou que a Marinha poderá prestar assistência no patrulhamento dos portos do estado. Existe um debate em andamento sobre a possível utilização das forças armadas no Rio de Janeiro, e ele observou que "não necessariamente" resultará na aplicação de uma Garantia da Lei e da Ordem (GLO).
“Temos um diálogo permanente com o Ministério da Defesa. O que nós estamos debatendo é se essa participação das Forças Armadas pode se estender a esse contexto do Rio de Janeiro. Não há decisão sobre isso”.
